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Nossa Cidade

NOSSA HISTÓRIA


A cidade de Canápolis está localizada no Triangulo Mineiro, a 653 quilômetros de Belo Horizonte. Faz limite com o Estado de Goiás, sendo muito influenciada por ele, seja no clima, comércio ou na educação. Seus primeiros habitantes foram os indígenas, provavelmente da tribo Guaiás, que habitavam a região do Estado vizinho e deram origem a seu nome. Do guarani GWA YA, significa indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça. É possível encontrar na região vestígios arqueológicos tais como vasos de cerâmica, machadinhas e lascas de pedra, transformando a cidade e as fazendas da região em potenciais sítios arqueológicos.

Nossa Sede do Legislativo Municipal

  • Endereço: Praça 19 de março, 304 - Canápolis, MG
  • Bairro: Centro
  • CEP: 38380-000
  • Telefone: (34) 3266-1437

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A casa do povo! Aqui representamos todos os interesses da comunidade, onde os vereadores, eleitos pelo povo, têm como objetivo principal fiscalizar as ações do poder executivo e legislar sobre os interesses da população.

O povoado começou a partir da fazenda Córrego do Cerrado, de propriedade de José de Paula Gouveia, conhecido na região como Zeca Paula. Adquirida em 1924, pertencia ao município de Monte Alegre, atual Monte Alegre de Minas. Como em seu terreno se localizava o córrego e a cachoeira que davam nome à fazenda, construiu um engenho para aproveitar a força das águas e gerar renda, tanto com a cana-de-açúcar quanto com uma serraria, instalada um pouco abaixo do engenho. Como toda fazenda de porte, necessitava de mão-de-obra, atraindo lavradores para os terrenos de Zeca Paula, que ali assentavam moradias, formando assim a primeira ideia do que seria o povoado. Existem poucos registros desse engenho, resumindo-se a uma foto, e sobre a serraria perdeu-se no tempo.

O número de colonos em suas terras era significativo. Isso permitiu que Zeca Paula requeresse junto ao município de Monte Alegre de Minas a criação de um distrito em suas terras. Seu pedido foi acatado e em 14 de julho de 1934, debaixo de uma árvore da fazenda, foi lavrada a ata de criação do povoado. Em contrapartida, o fazendeiro repassou a área, agora um distrito, para o município. A coordenação da criação do distrito continuou a cargo de Zeca Paula, mediante procuração da prefeitura, com a doação de terrenos para quem quisesse morar na nova localidade, com todos os incentivos possíveis para que logo se povoasse a região. A arvore utilizada na cerimônia de criação do distrito ficava onde hoje se localiza a Praça 14 de julho. O nome escolhido para o novo distrito foi em homenagem à principal atividade econômica empreendida na fazenda e na região à década de 1930, a extração de cana-de-açúcar. O topônimo CANÁPOLIS significa cidade da cana (cana + polis, do grego cidade). Seu primeiro morador, além do fazendeiro que já estava instalado ali, foi o Sr. Carimério Cardoso de Matos. A igreja, iniciada a construção em 1934, foi concebida após uma grande seca. Para atrair a misericórdia de Deus e as chuvas voltarem, foram realizadas novenas em honra de São Sebastião e Senhora Santana. No primeiro dia, com a presença de uma imagem do padroeiro dos agricultores trazida pelos padres franciscanos missionários, choveu na região. As obras tiveram fim em 1936; seus construtores foram João Mattanolli (pedreiro), José Fagundes da Costa e João Batista Barcelos (carpinteiros), e Sebastião de Freitas (pintor).

Ao final da década de 1930 o povoado já contava com uma estrutura que permitia aos moradores pleitear maior autonomia política. Contava com diversas casas e alguns serviços, como escola, farmacêuticos (que faziam o papel de médicos também) e destacamento policial. A água era conseguida através de cisternas e dos córregos que circundam o espaço. Começava a ter outras opções de transporte além do cavalo e do carro de boi: a jardineira, um veículo automotor coletivo, começava a fazer o trajeto até o município e as cidades mais desenvolvidas, gastando até Uberlândia, um trajeto de 100 quilômetros, nove horas de viagem.

Em 1938 o povoado pleiteou sua elevação à condição de distrito, sendo atendido pelo Decreto lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938. Seu desenvolvimento foi enorme nesse período, com a chegada de diversos novos moradores. Chama à atenção a disposição das ruas da cidade, totalmente planejada com régua e esquadro. As ruas têm as mesmas medidas, assim como os quarteirões. A capela pertencia a paróquia de Monte Alegre de Minas, sendo realizadas missas, casamentos e batizados periodicamente, em datas pré-estabelecidas. Isso gerava um fenômeno curioso, com a realização de dezenas de cerimônias num mesmo final de semana ou dia. No ano de 1939 foi criado no distrito o cartório civil e notarial para serem realizados ali mesmo os registros de batismo e outros serviços do gênero; o primeiro escrivão foi Juvenal Vasconcelos. Entre as décadas de 1930 e 1940 o crescimento do distrito foi muito grande, com uma média de construção de dez casas por mês. Isso fez com que o trabalho com olarias se desenvolvesse nessa região, gerando empregos e fonte de rendas. Trabalharam nessas obras Adoniro Gervário Martins, João Matarola, Marciano Resende, Manoel Resende, Aureliano de Paula Silva, Geraldo Ferreira da Silva, entre outros. O comércio era geralmente do tipo de vendas, daquelas que vendem todos os tipos de produtos, desde gêneros alimentícios até material de construção. Posteriormente sugiram outras lojas, como a loja de tecidos de João Tanús e hotéis. O distrito já contava com luz elétrica, construída em 1940 por Filóteo de Godoy, utilizando a força da Cachoeira do Cerrado e um posto da Empresa de Correios e Telégrafos.

Em 1948 o distrito requereu a sua emancipação política, sendo elevado a categoria de cidade pela lei Estadual nº 336 de 27 de dezembro do mesmo ano. A prefeitura foi instalada em 15 de março de 1949, tendo como intendente Claudemiro Pena Fernandes, que logo foi substituído por Lincoln Sete Câmaras, que ocupou o cargo até 1953, quando foi eleito Olídio José Ribeiro para o cargo de prefeito. Desse 1953 até 2009 a cidade teve 15 prefeitos. Nessa década a economia local estava totalmente voltada para a exploração de lavouras de milho, arroz, feijão, algodão e gergelim. A essa época também surgiram as primeiras escolas particulares da cidade: Escola Princesa Isabel e a Escola Espírita Divina Messe, sobre as quais não foi encontrada documentação alguma. A primeira escola municipal surgiu em 1933 pelo decreto lei nº 28 de 13 de março com o nome de Escola Municipal Cudungo, que posteriormente foi chamada Escola Canápolis e em seguida Escola Felizardo Fontoura. Os professores eram contratados por prazos indeterminados. Em 1954 a escola passou a se chamar Grupo Escolar Alvarenga Peixoto, além da criação de diversas escolas na zona rural. Hoje o grupo escolar se chama Escola Municipal Alvarenga Peixoto de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Atualmente, na zona rural, existem duas escolas em atividade: Escola Municipal Geraldo Vieira da Silva e Escola Municipal Nossa Senhora da Abadia. O ensino médio fica a cargo do Estado de Minas Gerais.

Ainda nos anos 1950 chegaram à cidade os maçons, que seguindo os preceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, começaram a colocar em prática os preceitos da Maçonaria, reunindo recursos para a construção de um hospital, obra essa terminada em 1973. Chegaram também outros tipos de veículos e com eles a necessidade de postos de abastecimento, que para os preceitos da época que estavam de acordo com a ideia de progresso propagada pelo governo de Juscelino Kubitscheck, eram um símbolo do progresso e do desenvolvimento de Canápolis. Em 1954 a energia da cachoeira foi substituída pela Empresa Força e Luz de Canápolis, da usina de Carlos Vilela Marques. Ainda assim, a energia era fornecida apenas até as 22 horas.

A década de 1960 foi uma explosão de modernidade para a cidade. Em 1962 o Sr. Adoniro Martins adquiriu a primeira linha telefônica em concessão da CTBC. Hoje a cidade conta com ampla rede telefônica, inclusive móvel. Cinco anos mais tarde a CEMIG, empresa de energia do Estado, passou a fornecer energia elétrica para Canápolis em tempo integral. Em 1964 foi criada a Escola de Lata, assim chamada por ser toda feita em lata. Seu nome verdadeiro era Escola Estadual José Ezequiel de Queiroz, e atendia ao ensino primário. Em 1973 passou a atender o 1º grau. Os freis franciscanos, irmãos da Fundação Nossa Senhora de Fátima, chegaram nessa época à cidade, para assumir a construção de mais uma escola, denominada Ginásio São Francisco de Assis. Em 1969 a escola passa a se chamar Colégio São Francisco de Assis 1º e 2º graus, onde eram oferecidas bolsas de estudo aos alunos, o que gerou uma crise financeira em poucos anos. Na década de 1970 o colégio foi vendido para o Estado, e o valor recebido em troca seria a conclusão da nova Matriz, uma vez que a primeira igreja havia sido demolida em 1968 por não comportar mais a população.

Em 24 de julho de 1960 a paróquia de Nossa Senhora de Fátima e São Sebastião foi instaurada em Canápolis, tendo como primeiro pároco o Frei Gennaro Scarpetta. Quatro anos mais tarde teve início a obra da nova Matriz, encerrada por completo somente em 1980, sendo uma obra que remete muito ao traçado de Oscar Niemeyer na Igreja de São Francisco de Assis, no bairro Pampulha, em Belo Horizonte. Em 1967 chegaram à cidade três irmãs da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, da Itália. As irmãs Gilda, Giacinta e Leônia se tornaram parte integrante e intrínseca da cidade, sendo muito queridas. Atualmente somente a irmã Leonia ainda mora na cidade; irmã Gilda se encontra em Araguari e irmã Giacinta faleceu em 30 de maio de 2005, causando comoção na cidade e um velório de três dias.

Nos anos 1970 a cidade investiu muito em divulgação, tendo como garota-propaganda a cachoeira do Cerrado, considerada o orgulho da cidade. Cada visitante que chegava (e ainda chega) à cidade é levado até a queda d'água, porém não é um hábito local nadar na cachoeira, uma vez que a piscina que se forma tem muitas pedras e pode ser perigoso. Durante alguns anos a cachoeira foi relegada a segundo plano graças a usos indevidos, sendo resgatada no final dos anos 1990. Hoje existe um parque municipal em seu entorno, com o intuito de preserva-la, porém, a entrada ainda está restrita porque a obra do parque se encontra em fase de conclusão. A cachoeira é o principal elemento de divulgação da cidade, estando presente em capas de cadernos, pastas e folders.

Nos anos 1980 e 1990 a cidade passou a contar com outras duas escolas municipais: Escola Municipal Maria Gouveia Saad (decreto nº 1115/88, de 15/03/1988) e Escola Municipal Martiliano José de Gouveia (lei nº 1501/94, de 22/12/1994), de ensino de 1º grau e Educação Infantil e Ensino Fundamental, respectivamente. Também foram criadas a creche Madre Bernardina e a creche municipal Sebastião Pimenta dos Santos, bem como a Escola Estadual Especial Maristela Feldner de Barros Cunha, ligada a APAE, que presta atendimento aos portadores de deficiência. Os moradores têm acesso a um acervo de cerca de 6000 exemplares na Biblioteca Municipal Carlos Drummond de Andrade, criada em 1989.

Na área de lazer a cidade conta com o Estádio de Futebol Coronel José de Paula Gouveia, o clube ACRC - Associação Cultural e Recreativa Canapolina, o Ginásio Poliesportivo Paulo Honório de Oliveira, o Canápolis Tênis Clube, Liga Esportiva Municipal de Canápolis, Associação Canapolina de Truque Valadar José Santana e o Parque de Exposições Dr. Sandoval Ferreira da Silva. Além da igreja Matriz, a cidade é servida também de igrejas evangélicas e centro espírita. Os meios de comunicação que atendem a cidade hoje são: televisão (canais abertos como Globo e SBT), jornais escritos (Diário Regional, Jornal do Pontal, Jornal de Canápolis e Diário Oficial), rádio (Triângulo FM e Rádio Pontal) e internet. A economia local hoje está voltada para a Usina Trialcool e a plantação de cana-de-açúcar e abacaxi, fruta essa que atualmente caracteriza a cidade e está representada numa imensa escultura à entrada do município.

Em 1998 foi comemorado o Cinq✓entenário da cidade, e na data foi instituído o Marco do Cinq✓entenário: o hino da cidade, composto por Elias Mateus.